quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Taurina

GENES: http://www.facebook.com/pages/GENES/269495936528380

Por: André HeibelGuilherme SchweitzerJefferson BitencourtJoão Gabriel Marques e Luciano Trindade.

Taurina é um aminoácido não essencial encontrado principalmente em tecido cardíaco e no cérebro, onde age como neuromodulador e neurotransmissor. É também utilizada no fígado para formação de sais biliares. Níveis insuficientes podem estar relacionados com cardiomiopatias, disfunção renal, anormalidade no desenvolvimento e problemas em tecidos oculares. Além disso, está presente em diversas bebidas energéticas largamente consumidas com o intuito de diminuir sonolência e aumentar concentração.

RED BULL TE DÁ ASAS MESMO?

Quem nunca virou uma noite estudando ou trabalhando e pensou que precisaria de um energético para se manter acordado até o fim da jornada?
As bebidas energéticas são geralmente baseadas em uma formulação de taurina, cafeína, vitaminas do complexo B, glucoronolactona e açúcares. Contém geralmente entre 800 e 1400 mg de taurina por porção. A habilidade de aumentar a concentração, diminuir a fadiga central e sonolência são creditadas à taurina e à cafeína. Os estudos disponíveis não têm consenso sobre a ação da taurina na atividade cerebral. Enquanto alguns trabalhos mostram que a associação destes dois compostos pode ser eficaz na melhora de cognição, outros indicam que os resultados não poderiam ser estendidos à suplementação de taurina sozinha. Logo, especular-se-ia que a suplementação concomitante seria melhor que a administração separada. Outra possibilidade é que o efeito obtido seria causado principalmente pela cafeína, e a taurina seria apenas um coadjuvante no resultado final.
Por outro lado, a análise do consumo de bebidas energéticas não mostrou efeito na melhora de memória ou tempo de resposta em testes psicomotores em indivíduos saudáveis. Portanto, ainda não existe um acordo na literatura que suporte ou desaconselhe o uso da taurina visando alteração no padrão de sono e vigília ou melhora na capacidade mental. De qualquer forma, a cafeína é melhor estudada e mostra resultados mais consistentes com relação à este quesito. Para tanto, procure um nutricionista competente para ajudá-lo a escolher o melhor produto na hora de suplementar.

Relembre alguns efeitos da cafeína na atividade física em
outro post nosso - Cafeína na atividade física: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=303722199772420&id=269495936528380

EFEITO NA PRESSÃO ARTERIAL E SAÚDE CARDÍACA.

A taurina está presente em altas quantidades nos corações de mamíferos. Tem sido demonstrado que a suplementação de taurina pode ter ação anti-hipertensiva e de aumento do volume de ejeção cardíaco. Este efeito tem sido observado com frequência em estudos com animais, mas também já foram demonstrados resultados em humanos. Embora não seja completamente elucidado, acredita-se que o mecanismo em que a taurina age é baseado na inibição seletiva de neurônios no hipotálamo. Estes neurônios seriam impedidos de secretar hormônio antidiurético (ADH), diminuindo a retenção hídrica e assim reduzindo a pressão arterial.

TAURINA NO DESEMPENHO ESPORTIVO.

Apesar de não ser usada com frequência visando melhora do desempenho esportivo, existe um apelo por parte bebidas energéticas associando o consumo de tais produtos com diversos esportes. Entretanto a literatura é pobre em referências que comprovem tal benefício. Existe uma tendência nos resultados que mostra uma melhora em exercícios aeróbios, como ciclismo e corridas de longa duração. Os estudos apontam que a taurina é ineficaz na maioria das condições testadas em exercícios anaeróbios.

QUANTO TOMAR?

Como foi dito, uma lata de energético tem aproximadamente 1000 mg de taurina e 80 mg de cafeína. A literatura científica se baseia em valores semelhantes, geralmente entre 800 e 3000 mg de taurina por dia, contudo não existe um protocolo bem definido. Por meio da dieta é possível se obter entre 40 e 400 mg/dia. Ainda não são bem conhecidos efeitos da toxicidade mediada por taurina, portanto, procure um nutricionista que tenha conhecimento do assunto.

Review: taurine: a "very essential" amino acid.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23170060

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Melhor idade

''Durante o processo do envelhecimento temos alterações fisiológicas e em nossas capacidades físicas:
- Redução da força.
- Redução do volume muscular.
- Aumento do tecido não contrátil (gordura e tecido conectivo) no músculo.
- Redução na área de secção transversa do músculo esquelético, tem início aos 25 anos e se torna mais pronunciada a partir da 5 década de vida.
- As fibras tipo II, com o envelhecimento, reduzem em tamanho enquanto que as fibras do tipo I permanecem praticamente inalteradas.
- A redução da área de secção transversa do músculo também se dá às custas da redução do número de fibras ao longo do processo de envelhecimento.
- O envelhecimento parece provocar redução no número tanto de fibras do tipo I como do tipo II.
- Com o envelhecimento ocorre também uma redução no número de unidades motoras. Esse fenômeno parece ser resultante da perda de neurônios motores alfa da medula espinhal com subseqüente degeneração de seus neurônios em contra partida as unidades motoras remanescentes aumentam de tamanho.
- Capacidade reduzida no idoso em gerar força em alta velocidade (potência).
- Vários estudos têm relacionado a redução da força muscular a uma maior suscetibilidade a quedas, fraturas e dependência do idoso.
- Parte da redução da capacidade aeróbia (50%) no idoso tem sido atribuída a sua perda de massa muscular.


Como se exercitar?
Para a elaboração de um programa de atividade física e prescrição de exercícios para a terceira idade é necessário a observação de alguns parâmetros prévios:
Buscar a associação dos fatores: OBJETIVOS ALMEJADOS

Geralmente relacionados:
Ao aumento da autonomia e sensação de bem-estar
Melhora do condicionamento cardiovascular
Aumento da força muscular
Manutenção ou desenvolvimento da flexibilidade, coordenação e equilíbrio
Incentivo ao contato social e o prazer pela vida
Controle de peso e nutricional
Promoção do relaxamento
Diminuição da ansiedade, insônia e depressão
Manutenção do libido e do vigor sexual


 NECESSIDADES ESPECIAIS (VESTUÁRIO, ACESSÓRIOS...)


 ESTADO DE SAÚDE


 NÍVEL DE CONDICIONAMENTO PRÉVIO


 ATIVIDADE FÍSICA SUGERIDA


 EQUIPAMENTOS A SEREM UTILIZADOS


 INSTALAÇÕES DISPONÍVEIS (CUIDADO COM OBSTÁCULOS,VIAS DE ACESSO, TEMPERATURA AMBIENTE )

Quanto a limitações no quadro de saúde - sempre é necessário observar a existência de patologias associadas (diabetes,obesidade, hipertensão arterial...) pois é comum o idoso apresentar mais de uma patologia, bem como os efeitos da medicação em uso com atividade física e sempre que possível o intercâmbio de informações na evolução do programa de atividade física com o médico responsável.
Quanto aos objetivos - na elaboração do programa sempre que possível tente buscar uma visão holística do idoso com a melhoria da capacidade física, e ao mesmo tempo maximizar o contato social e redução dos problemas psicológicos e estímulos a suas funções cognitivas.
Atividades Sugeridas - aeróbias de baixo impacto, como caminhada, natação, hidroginástica, dança, trabalhos resistidos como a ginástica localizada, musculação e trabalhos com alongamento buscando a manutenção da flexibilidade bem como a mobilidade e se possível em grupos.

Observar as limitações funcionais ao Treinamento Físico:

- Redução da capacidade cardio - respiratória.
- Redução da habilidade de desempenhar exercícios em intensidades moderas e intensas.
- Diminuição da capacidade de adaptação e de recuperação de estímulos exógenos.
- Redução da adaptabilidade ao treinamento físico.
- Fraqueza muscular e aumento da sensação de fadiga.
- Problemas degenerativos de ossos, tendões e articulações.
- Maior suscetibilidade à dor muscular e lesões.
- Diminuição do equilíbrio e coordenação neuromuscular.
- Diminuição da visão e da audição.
Diretrizes e documentos oficiais sobre a prescrição da atividade física para idosos:
Exercise and Physical Activity for Older Adults - ACMS - Position Stand - 1998 (Texto em Inglês)
Texto Traduzido - Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde - volume 3 número 1 - 1998 ( Exercício e atividade física para pessoas idosas - Posicionamento Oficial do American College of Sports Medicine - ACMS)

Fonte: saude em movimento


Praticar atividades físicas é fundamental em qualquer etapa da vida, na terceira idade não seria diferente, com um acompanhamento adequado e respeito as limitações , é possível retardar os efeitos do envelhecimento, e proporcionar uma melhora significativa na vida do idoso. O fato de ter tido uma vida ativa contribui bastante , mas ainda que a pessoa nunca tenha praticado uma atividade, isso não vai impedir o trabalho. Pode ser que demore um pouco mais de tempo para que ela consiga se adaptar. Com um bom professor acompanhando o mais indicado talvez seja a prática de exercícios utilizando peso livre. Será mais difícil para o idoso conseguir realizar o movimento de forma adequada em um primeiro momento, mas isso contribui para que ele mantenha sua capacidade motora em dia.
Bons treinos

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Isolamento

Uma prática muito comum na sala de musculação é a busca pelo isolamento dos músculos ou pelo trabalho “concentrado”. Dentro desta perspectiva, há uma corrente que privilegia o uso de máquinas como forma de melhor trabalhar os músculos, além de usar volumes extensos de exercícios que trabalham deltóides, bíceps e tríceps em isolamento

Provavelmente a ideia de se usar máquinas tenha sido iniciada e motivada pelo interesse econômico de fabricantes de equipamentos. De fato, um dos pioneiros desta proposta foi o célebre Arthur Jones, que é o criador das máquinas Nautilus. Apesar de ter trazido diversos conceitos importantes para o treinamento de força e ser uma das principais figuras da área, o conceito de isolamento muscular proposto por Arthur Jones tem sérias limitações. 

É comum afirmar que o uso de pesos livres aumenta o risco de lesões, no entanto, uma análise detalhada destes relatórios mostra que tais lesões não ocorrem em função dos treinos realizados sob orientação e sim de acidentes. Tal fato deve-se ao hábito relativamente comum da população estadunidense de manter pesos e anilhas em suas casas e usa-los sem orientação ou supervisão adequada. Aliás, no campo orientação, ressalta-se que as academias do Tio Sam não tem professores, como a maioria das nossas (agora vocês entendem por que as máquinas vêm com "manual de instrução" coladas nelas?), portanto, a utilização de máquinas realmente pode ser mais segura nesse contexto.

Um erro comum quando se fala em exercícios como supinos, puxadas, agachamentos, etc. é afirmar que eles sejam direcionados para os trabalhos de apenas um grupamento muscular, quando na verdade deveríamos dizer que eles trabalham uma cadeia de músculos. No caso do supino, por exemplo, é comum afirmar que ele é um exercício de peitorais, quando, na verdade, ele envolve também diversos outros músculos, como deltoides e tríceps, com relação ao último devemos lembrar que se não houvesse extensão de cotovelo, não haveria supino. 

O próprio conceito de motores primários e músculos principais é algo falho. Imagine que um objeto cai sobre seu tórax, esmagando-o, a respiração começa a ser comprometida e a única chance de sobreviver é retirar o objeto de cima de você, empurrando-o como se faz no supino. Nessa situação hipotética, o objeto pesa 100 kg e seus peitorais sozinhos só conseguiriam levantar 60kg, no entanto, outros músculos do ombro dariam conta de mais 20kg e o extensores de cotovelo dariam conta de mais 20. E aí? Você iria morrer porque empurrar um objeto é um movimento de peitoral? Ou será que seu corpo colocaria em ação todos os músculos envolvidos para vencer o desafio? Se há vários músculos envolvidos em um movimento, por que acreditar que nosso corpo utilizará apenas, ou preferencialmente, um deles? Mesmo que a carga não seja máxima inicialmente e se consiga favorecer o recrutamento de um músculo no início do exercício, conforme a fadiga se instaura seu corpo mudará a estratégias de recrutamento e, dessa forma, os músculos que seriam considerados acessórios teriam que ser mais recrutados para permitir o movimento de prosseguir (Akima et al., 2002; Gentil et al., 2007). 

Um pergunta que pode surgir então é, se os músculos envolvidos em um determinado movimento são todos ativados, será que há necessidade de se complementar um programa de exercícios multiarticulares com exercícios uniarticulares? Na prática, será que após realizar supinos e puxadas eu ainda preciso realizar exercícios de isolamento para bíceps e tríceps?

Procuramos responder essa pergunta em um estudo realizado na Universidade de Brasília, com homens jovens e sem experiência em treinamento resistido. O estudo durou 10 semanas e os participantes foram divididos em dois grupos. Um deles realizou apenas puxadas e supinos e o outro realizou puxadas, supinos e exercícios de isolamento para bíceps e tríceps. A espessura muscular dos flexores de cotovelo foi medida por ultrassom e o pico de torque por um dinamômetro isocinético. Ao final do estudo, não houve diferença nos ganhos de massa muscular e força entre os grupos, ou seja, a adição dos exercícios de isolamento não trouxe benefícios (Gentil et al., 2013). Uma coisa interessante no processo de publicação desse artigo é que colocamos em nossa introdução que nos "...exercícios multiarticulares alguns músculos são definidos como motores primários (tipicamente os músculos maiores) e outros como acessórios". Ao ler essa afirmação, um revisor nos perguntou qual a referência bibliográfica para ela, ou seja, onde está escrito os dorsais são motores primários na puxada e que o peitoral é motor primário no supino? Em princípio, achamos a pergunta meio estranha, mas estranho mesmo foi buscar pelas referências bibliográficas e simplesmente não termos encontrados nada sério dizendo isso, ou seja, é simplesmente senso comum! E foi essa a resposta que demos: de fato não existem referências, é algo dito com base no senso comum!

Pode-se perguntar se os resultados do nosso estudo seriam aplicados em outros grupos. Tudo bem que o objetivo do estudo não foi esse, ele foi sobre iniciantes, mas eu diria que, por uma pessoa treinada ter mais condições de levar o treino ao máximo, seria ainda mais provável que ela conseguisse estimular adequadamente seus músculos. Na minha prática eu já treinei atletas de nível internacional sem utilizar exercícios de isolamento e consegui melhoras surpreendentes na performance. Com relação à atletas, Rogers et al. (2000) realizaram um estudo com jogadores de baseball de nível nacional, no qual nos baseamos para fazer o nosso. No estudo de 10 semanas, os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo realizava supino reto, supino inclinado, puxada e remada; o outro grupo realizava o mesmo treinamento complementado com exercícios específicos para bíceps e tríceps. Ao final do estudo ambos os grupos tiveram aumentos iguais na circunferência do braço e nos ganhos de força no supino reto e na puxada. Os autores concluem que: “os achados deste estudo sugerem que exercícios de isolamento não são necessários para aumentar a força em movimentos compostos nem aumentar a circunferência do braço. Estes achados também sugerem que treinadores de força podem economizar tempo não incluindo exercícios de isolamento e ainda assim conseguir obter aumento na força e tamanho.”

Se tal raciocínio fosse empregado com mais frequência certamente se perderia menos tempo treinando e se alcançariam resultados similares, ou até melhores, com um menor risco de lesões. Isso mesmo, lesões. Além de ineficientes, o uso descontrolado de exercícios de isolamento pode levar a um índice aumentado de lesões, provavelmente pelo excesso de uso. Quantos alunos antigos vocês conhecem com lesões de cotovelos e ombros, especialmente aquelas dores chatas que os acompanhar ao longo dos anos? Será que o excesso de uso não estaria associado a isso?

Essas sugestões envolvem um grande conflito técnico e, principalmente, cultural. Fica muito difícil conceber um marombeiro sem realizar um rosca direta ou um tríceps na polia. Mas entendam que não estou falando para se promover uma proibição da utilização desses exercícios e sim para se empregar uma análise mais adequada dos músculos envolvidos em um determinado exercício. Mesmo que não se suprima totalmente os exercícios de isolamento, deve-se refletir se é necessário fazer um treino inteiro para bíceps, tríceps ou deltoides; ou se apenas deve-se usar os exercícios isolados como complemento de um treino envolvendo exercícios multiarticulares. Também é necessário refletir sobre a distribuição dos treinos, seria prudente colocar um treino de supino em um dia e um treino de isolamento de tríceps em outro? Será que isso não estaria prejudicando a recuperação e levando a um excesso de treinamento? 

Por fim, um grave problema quando falamos de musculação é que, automaticamente, muita gente pensa apenas no fisiculturismo. No entanto, vamos pensar nos iniciantes, nos atletas de outras modalidades, nos trabalhadores que dispõem de pouco tempo para treinar, nas pessoas que necessitam de baixos volumes e preservação das estruturas articulares... será que precisaríamos obrigar essas pessoas a fazer um volume a mais de exercícios incluindo exercícios uniarticulares?

Lembrem-se que, em nosso país, mais de 95% das pessoas não frequentam academias. Das pessoas que frequentam, estima-se que 70% não permaneça por três meses. A cada mês uma academia perde de 40 a 60% dos seus alunos, ou seja, metade dos alunos que estão na academia esse mês, não estarão no mês seguinte. E sabe qual a principal causa alegada para uma pessoa não fazer exercícios? Falta de tempo (Eyler et al., 2002; Trost et al., 2002; Schutzer & Graves, 2004; Silliman et al., 2004; Gómez-López et al., 2010)!! Portanto, dar mais resultados tomando menos tempo, pode ser extremamente importante.

Enfim, sempre existirão os que resistirão à Ciência; os que acharão que vale a pena passar mais tempo na academia em troca de menos resultados; os que optarão por expor suas articulações a um risco aumentado; os que arriscarão submeter seus músculos ao excesso de treinamento; os que terão apego emocional a um determinado exercício... mas paciência! Devemos sempre tentar ajudar a todos, mas infelizmente isso nem sempre será possível. Com base nas evidências apresentadas vemos que os exercícios de isolamento produzem um resultado limitado, portanto, é recomendado que, ao planejar um treino, se empregue uma visão mais sistêmica, menos reducionista, e assim ajudaremos nossos alunos a alcançar ótimos resultados, preservando seu tempo livre e sua saúde.




fonte: http://www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=241 .

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O preço do ouro


Ultimamente temos visto casos de doping com frequência , seja com atletas nacionais ou 'importados' o fato é que parece que,a cada dia, tornar-se campeão em qualquer modalidade esportiva fica mais difícil.
É preciso olhar para a situação com ao menos dois pontos de vista.
Primeiramente é possível sim , diferente do que a maioria de leigos pensa, que um atleta se dope sem querer. Isso é mais fácil do que se possa imaginar. Eu explico.
Um atleta de ponta, geralmente possui uma equipe , composta de treinadores, médicos, nutricionistas , entre outros. Esta equipe , assim como o atleta , devem estar sempe de olho nas listas de substâncias proibidas pelo COI e outras entidades. Por vezes alguns atletas acabam tomando algum remédio até mesmo por indicação do médico de sua equipe , que possui vestígios de algum outro composto , isso ocorre com maior frequência no caso de suplementos alimentares, principalmente os americanos , tendo em vista a facilidade de se criar e registrar um alimento pela FDA , a ANVISA já produziu um estudo demonstrando que grande parte de suplementos importados e nacionais , possuíam em sua composição 'rastros' de anabolizantes.

Outra situação, e esta sim deve ser combatida em todos os níveis do esporte, é a do atleta que sabe das substâncias e ainda assim faz o uso das mesmas para alcançar níveis mais altos de rendimento.
A pressão vem de todos os lados, mas principalmente pelos patrocinadores , acontece que na hora que o atleta é pego no exame, o primeiro a cair fora é justamente o patrocinador, o atleta por vezes é banido, outras não, mas fica com sua imagem arranhada pelo resto de sua vida.
É difícil de entender , mas por que combater algo que se encontra no esporte a séculos ( das formas mais variadas possíveis )? Independente da época em que o atleta faz o exame, o certo é que vários atletas estão dopados e se dopam constantemente , e por sorte não são pegos nos exames.
Outros são pegos, mas por possuírem 'padrinhos' não são pegos , e isso já ficou demonstrado por parte do ex diretor da equipe olímpica americana no filme Bigger Stronger Faster.


Bons treinos.  

quarta-feira, 3 de julho de 2013

GOJI BERRY


GENES: http://www.facebook.com/pages/GENES/269495936528380

Por: André Heibel, Guilherme Schweitzer, Jefferson Bitencourt, João Gabriel Marques e Luciano Trindade.

Você certamente já ouviu falar nessa fruta, não é mesmo? Seja em uma revista, programa de televisão ou até em uma conversa entre amigos. Isso acontece porque o Goji berry vem ganhando bastante evidência, sendo chamado até de “fruta milagrosa” por alguns, devido às suas possíveis características antioxidantes, anti-inflamatórias, anticancerígenas, normoglicemiantes e imunomodulatórias. No entanto, sua utilização já ocorre há longas datas, sendo bastante tradicional na Medicina Chinesa antiga. Vamos conhecê-lo um pouco mais?

COMPOSIÇÃO

Maior parte da estrutura da fruta é composta por polissacarídeos, fração esta a qual se atribui seus principais efeitos biológicos. Ainda é possível encontrar em sua composição altas concentrações de vitaminas do complexo B, especialmente riboflavina (B2), tiamina (B1) e ácido nicotínico (B3), bem como carotenoides e uma diversidade de compostos fenólicos e fitoesterois. Vale citar, também, a presença de duas outras substâncias neste fruto, o aminoácido Taurina e um análogo da vitamina C, o 2-O-Beta-D-Glucopiranosil-L-ácido ascórbico cuja abreviação é AA-2BG (um pouco mais fácil, não?).

ATIVIDADE ANTIOXIDANTE

Em estudos realizados in vitro (cultura de células) e in vivo (ratos de laboratório e humanos), foi constatado que realmente há potencial antioxidante pelo Berry. A substância AA-2BG, assim como seu análogo mais conhecido, a vitamina C, mostrou efetividade no combate a espécies reativas hidroxil (OH*) e peróxido de hidrogênio (H202), substâncias estas que, em excesso, são lesivas à estrutura da célula. Foi observado também diminuição nas concentrações de malondialdeído (MDA) no tecido hepático, o que representa, em outras palavras, menor ocorrência de lesão à membrana celular (peroxidação lipídica). Sua ligação com a atividade antioxidante reside no fato de que, quanto maior a quantidade de MDA gerado a partir da atividade de radicais livres, menor será a atividade de enzimas antioxidantes. Desta forma, podemos concluir que a capacidade de diminuir o MDA a partir da utilização do Goji Berry faz com que se mantenham funcionantes as enzimas antioxidantes, em especial superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GSH-Px).

MELHORANDO O EFEITO DA INSULINA

O aminoácido taurina está associado com a potencialização do receptor de insulina, com estudos sugerindo melhora na estimulação dos transportadores transmembrânicos de glicose, os famosos GLUTs (neste caso, existe maior associação com o GLUT-4, versão bastante expressa na musculatura esquelética). Sendo assim, a presença de taurina no Goji Berry pode ser um meio capaz de justificar sua ação na normalização da glicemia. No entanto, mais estudos são necessários para determinar uma quantidade específica para que se atinja tal efeito. Reforça-se aqui a necessidade de outras estratégias nutricionais complementares visando esse mesmo objetivo.

PROTEGENDO A CÉLULA

Alguns estudos demonstraram, em modelos animais, uma capacidade protetora dos polissacarídeos presentes nesta fruta. Como isso foi feito? A substância Tetracloreto de carbono (CCL4) foi fornecida à ratos com o simples objetivo de gerar lesão hepática para que, então, se pudesse descobrir a eficácia do Goji berry. Foi constatado que a administração desta fruta gerou uma considerável diminuição em enzimas marcadoras de lesão hepática, as chamadas aspartato aminotransferase (AST/TGO) e alanina aminotransferase (ALT/TGP). Ainda, em outros tipos celulares, foi constatada uma diminuição significativa na expressão de fatores de morte programada (Bcl-2), o que se conhece como apoptose celular.

Use of Anti-aging Herbal Medicine, Lycium barbarum, Against Aging-associated Diseases. What Do We Know So Far? http://rubygoji.com/download/pdf/library-007.pdf

terça-feira, 18 de junho de 2013

Movimento

               O treinamento muscular , em relação a ação muscular, pode ser realizado de três maneiras diferentes : isocinético, onde a velocidade angular permanece a mesma durante todo o movimento ; isométrica , onde não há movimento ; isotônica, onde há presença de movimento concêntrico e excêntrico.
               Uma forma de elevar a hipertrofia é priorizar a fase excêntrica do treino, pois é a fase mais eficiente , produzindo mais força e causando menos desgaste.
               A fase excêntrica supera a concêntrica em cerca de 50% ( força), a indícios de que durante esta fase as fibras maiores são recrutadas em maior número.
               Quanto a hipertrofia, ela é alcançada com mais facilidade nesta fase , pois há maior ocorrência de microlesões e tensão por fibra muscular. A grande vantagem reside no fato de que a fase excêntrica consome menos energia que a concêntrica e possuímos mais força ''na descida '' do movimento.
              Uma maneira simples de priorizar este movimento é aumentado o tempo na hora da fase excêntrica ( por exemplo 2 segundos para subir/ 4 para descer) e literalmente sentir a fibra romper, fazendo a descida mais lenta possível. Realizando o treino em dupla é possível fazer isso com maior facilidade, tendo em vista que nas últimas repetições é de se esperar que falte força para subir o peso, um colega poderá auxiliar na hora de subir o peso, e a descida lenta fica por sua conta. Bons treinos.

Princípios

 Princípios específicos (HATFIELD,1984. Citado por Godoy, 1994:36)

Princípio da Segurança


Treinamento não deve expor o indivíduo a riscos de lesões.

Princípio da Estruturação
Normalmente, trabalhar os grandes grupos musculares primeiro e depois os pequenos grupos musculares.

Princípio da Prioridade

Dar ênfase aos grupos musculares menos desenvolvidos, mais fracos ou menos aptos.

Princípio da Seletividade

Os exercícios devem ser escolhidos de forma a provocarem adaptações determinadas e específicas.

Princípio de Variabilidade
Treinamento deve ser alterado, de forma a impedir a estagnação das reações de adaptação, bem como a monotonia, evitando a saturação psicológica e queda de motivação.

Princípio do Isolamento Muscular

Os exercícios devem ser escolhidos e executados, de forma a diminuir a ação de músculos sinergistas e acessórios, concentrando o estímulo sobre um grupo muscular específico.

Princípio da Adaptação Específica a Demanda Imposta


Treinamento deve promover um estresse específico a cada componente da musculatura.


                    Fonte:Prof. Ms. Jeferson Macedo Vianna
                    Tel. (32) 3236-1081 / 9987-5089 E
                    E-mail: jeferson_vianna@uol.com.br ou
                    jvianna@faefid.ufjf.br

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