Quando o assunto é dieta, vários pontos devem ser levados em conta para que os resultados sejam os mais próximos possíveis dos esperados. Um fator de grande relevância à constituição da dieta é a análise quantitativa e qualitativa dos carboidratos.
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Tomando como prioridade, neste momento, a análise qualitativa dos carboidratos, esbarramos no tão conhecido conceito de Índice Glicêmico (IG). Este índice, como dito no post “Batata doce, uma alternativa para a alimentação do atleta”, mede a resposta de nosso organismo à ingestão dos carboidratos. De forma bastante resumida, podemos dizer que: alimentos com baixo IG despertam uma resposta mais lenta e gradual do hormônio insulina, já os alimentos com alto IG também refletem em uma liberação deste hormônio, porém de forma mais intensa e abrupta.
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Sabemos que a insulina é responsável por transportar a glicose presente no sangue para os tecidos alvo, que podem variar de acordo com a situação metabólica do organismo em questão. Quando nossas reservas de glicogênio hepático e muscular encontram-se em níveis baixos (situação comum no período pós-exercício), a insulina carrega a glicose para o músculo e para o fígado de forma a restituir esse glicogênio. Já em outro momento, quando as reservas de glicogênio estão cheias ou quando a alimentação foi capaz de restituí-las e ainda gerar um excesso na concentração de glicose, ela é remanejada para o tecido adiposo, aonde será armazenada visando seu uso em momentos de necessidade. É essa segunda situação que tanto assusta as pessoas que querem emagrecer ou desejam manter um físico “sarado”.
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Entretanto, os carboidratos de alto índice glicêmico não possuem valores estagnados, imóveis, eles podem sim ser manipulados com a própria alimentação, de forma a evitar a tão temida gordura corporal. Combinar proteínas e fibras com o carboidrato de alto IG é uma forma de diminuir seu impacto insulinêmico. Um exemplo disso é quando adicionamos fatias de peito de peru a um sanduíche de pão branco (alto IG), o que irá causar uma diminuição do índice glicêmico da refeição como um todo. Outra maneira é incluir vegetais fibrosos na refeição, como podemos observar na adição de vegetais ao purê de batata.
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[Autor: Guilherme Schweitzer]
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