Quando eu treinava na RKT, nos treinos de garagem na casa do Guto, tinha gente que ria, quando eu contava onde eu treinava, falavam que não era local de treino, que aquilo não iria pra frente, e que ele até podia ser bom mas que seria apenas mais um no meio de tantos,aqueles tipos de comentário no entanto nunca mudaram minha forma de pensar, por isso, essa é pra pra vocês!
''Em breve, Brasília terá mais um representante de peso no MMA (mixed martial arts) mundial. Trata-se do meio pesado Guto Inocente, nome bastante conhecido no país e que vai tentar a sorte no exterior. No último mês, ele chamou a atenção do Strikeforce, evento concorrente do Ultimate Fighting Championship (UFC), e assinou contrato para lutar nos Estados Unidos. Algumas semanas depois do acerto, o brasiliense, de 24 anos, contou que vai fazer sua primeira luta em solo estrangeiro no fim de maio e revelou planos ousados para a carreira no MMA. “Eu quero ser o melhor do mundo e lutar sempre entre os melhores”, declarou a promessa, em entrevista ao Correio.
Ainda sem data ou adversário definidos, Guto lembra a ajuda de um outro lutador que já faz sucesso no Strikeforce: o compatriota Antônio Silva, mais conhecido como Pezão. “Ele falava o meu nome direto para os caras. Em fevereiro, ele me levou para a luta contra o Fedor Emelianenko e já me conheciam por nome e vídeos. Me viram treinar, gostaram do meu estilo, e falaram que o contrato estava na mão”, recordou o lutador.
Com um cartel de cinco vitórias e nenhuma derrota na modalidade, Guto Inocente terá experiência garantida competindo no Strikeforce. “Fiz um contrato de seis lutas ou dois anos. Eles me prometeram uma luta para o fim de maio. Depois, devo lutar de três em três meses”, revelou o brasiliense, aproveitando para elogiar o evento depois de tê-lo acompanhado de perto. “Gostei muito. Pude sentir o clima e é bem estruturado. Já tinha assistido a uma luta do UFC lá fora e o Strikeforce é do mesmo nível. Lotou o ginásio e foi um evento excelente.”
Empolgado pelo que está por vir, o lutador sabe que não terá vida fácil em terras norte-americanas. Ligado nos futuros adversários, Guto demonstra conhecimento ao avaliar quem são os melhores competindo por lá atualmente. “Minha categoria é muito forte no Strikeforce. O Rafael Feijão é o atual dono do cinturão. Ele vai lutar agora contra o Dan Henderson, um cara renomado, que já passou pelo Pride e pelo UFC. Tem ainda o Gegard Mousasi, outro que é muito bom, além do King Mo, que é um wrestler (atleta de luta greco-romana) de ponta. Mas a intenção é chegar lá e ser campeão”, avisou.
Defesa no Shooto
» Como resquício do início de carreira no Brasil, Guto Inocente deve ter mais compromissos no país ainda este ano. Isso se ele quiser manter o cinturão do Shooto. Ele conquistou o título no ano passado, ao vencer o argentino Gustavo Moia, em Brasília, por nocaute no primeiro round. O evento terá nova edição na capital federal em 1º de abril, mas o brasiliense não poderá entrar em ação. “Meu adversário, o Antônio Samurai, um ex-lutador do UFC, se contundiu, estourou os ligamentos do tornozelo e acabou furando. Achei melhor deixar para a próxima e focar no treino para o Strikeforce, onde eu vou pegar muita pedreira”, afirmou Guto, que tem até setembro para realizar a defesa do cinturão.
Preparação em casa
» Apesar de ter acertado com um evento norte-americano, o brasiliense Guto Inocente afirmou que não deve se mudar da capital federal para se preparar para os combates. Segundo ele, a maior parte dos treinos continuará acontecendo na cidade. “Eu fechei com uma equipe nos Estados Unidos, a Imperial, mas ainda estamos vendo como vai ser. Vou continuar fazendo a base da preparação aqui em Brasília. Mas, quando estiver chegando perto da luta, vou para lá. Aqui eu não tenho sparrings do meu peso, acabo treinando com um pessoal mais leve. Lá, tem muita gente, além do Pezão, para me ajudar”, destacou.
Saiba mais
Além da maior exposição por lutar em um evento grande, Guto Inocente também vai encher mais os bolsos no Strikeforce, já que as bolsas são muito maiores do que no Brasil. “No MMA profissional, você recebe um valor para lutar e mais o prêmio em caso de vitória. No exterior, essa quantia é muito maior que a dos eventos nacionais. Aqui no Brasil, o valor dessa bolsa estaciona. Lá não. A cada luta vai subindo. Ainda tem bônus para nocaute, finalização e melhor luta da noite. Fora os patrocínios, que acabam rendendo mais do que a própria bolsa”, detalhou Guto, sem entrar em valores. ''
Fonte: Super esportes